Socorro! Esse é o grito que os pais clamam internamente e, muitas vezes verbalizam para a criança: “me ajuda”, “para”, “não aguento mais”, entre outras variações. E agora? O que fazer quando aquele comportamento indesejado ainda persiste?
Se formos exemplificar com a “dinâmica de funcionamento do carro” dizemos que para ele andar é preciso colocar a “primeira marcha”, certo? Então, diríamos que para o relacionamento entre você e o seu filho começar a fluir, a primeira marcha aqui tem de ser a paciência.
Costumo dizer que se os pais estão em um nível máximo de estresse é necessário antes de qualquer coisa “colocar a sua própria máscara de oxigênio”, por exemplo, em um avião, dizem que “em caso de despressurização, as máscaras de oxigênio cairão à sua frente e que, se você estiver com uma criança, você deve colocar sua própria máscara primeiro e, apenas quando a sua situação estiver normalizada, você pode colocar a máscara na criança. Então, reflita aqui: nós conseguimos resolver algum problema quando estamos sob o efeito do estresse e de outras emoções? Certamente não, dessa forma, a principal dica é ter paciência no sentido de controlar suas emoções, o que por sua vez, com a respiração controlada, o seu cérebro funcionará de forma integral.
Depois, temos de pensar que assim como as crianças, nós também estamos em um processo de aprendizagem, então se “o carro parou”, isso é sinal de que alguma coisa não está legal, não é mesmo? Desse modo, é preciso olhar para o movimento para se atentar a essa relação e verificar o que possivelmente não está sendo satisfatório.
O que eu quero dizer é que por muitas vezes, persistimos em uma mesma forma de agir trazendo o mesmo resultado e, depois colocamos a responsabilidade no outro diante do mal funcionamento do sistema familiar, como, por exemplo: “ele é terrível”; “é muito difícil”; “é desobediente”. Mas, isso não faz o carro andar, por outro lado, apenas paralisa. Se nós ficarmos em um lugar da espera: “do respeito”; “da colaboração”, as coisas não fluirão caso não mudarmos a forma de como agimos e do que esperamos dos filhos.
Aqui vale uma pausa no texto para você pai/mãe que é o adulto da relação pensar: como você se sente? O que você espera da criança? Será que você diz para o seu filho como ele pode fazer diferente, ou será que você está em uma posição de só criticá-lo? É importante dizer o quanto eles são maravilhosos para fazer o que você espera, além de ser essencial explicar o porquê das coisas com o objetivo de mostrar as consequências para eles.
Assim, tendo paciência e aos poucos mudando o lugar nesse ambiente, o ciclo certamente mudará. Para isso, basta uma mudança de postura de um dos membros desse sistema, sendo necessário começar por nós/adultos, dessa forma, se você começar a respeitar o seu filho, você também receberá respeito e isso vale para qualquer outro valor. É preciso colocar em prática! Se estiver difícil sozinho, procure ajuda especializada com um psicólogo que ofereça o serviço de orientação para pais, ou, psicoterapia individual.
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